sexta-feira, 22 de maio de 2009

TRANSGÊNICOS - ALIMENTOS GENETICAMENTE MODIFICADOS

Contribuição para economia, mais alimentos disponíveis aos homens por um custo menor, até que ponto podemos considerar isso como uma vantagem?




Os alimentos transgênicos são geneticamente modificados, criados em laboratórios com utilização de parte do código genético de espécies diferentes de animais, vegetais e até mesmo micróbios. E tem como objetivo conseguir melhorar a qualidade do produto.
Depois que o produto passa pela fase laboratorial é implantado na agricultura ou na pecuária. A engenharia genética produz plantas transgênicas a partir de bactérias que são introduzidas nas plantas e começam a fazer parte das mesmas. Os genes bacterianos dão resistência a pragas da lavoura. Causando um aumento na produção e uma diminuição de custos, pois quanto menor for o número de pragas, maior será o número de lavouras produtivas, ou seja, mais alimentos disponíveis aos homens por um custo menor. Por isso muitos países já estão adotando esse método.
Então, podemos dizer que alimentos geneticamente modificados são maravilhosos, afinal contribuem para a economia do país, disponibilizando mais alimentos e com certeza gerando saúde para o homem?
A questão não é tão simples, existem muitas histórias em torno deste assunto. De um lado temos os ambientalistas que afirmam que essas modificações podem causar danos para o meio ambiente. E do outro lado estudiosos e cientistas que não conseguiram ainda chegar a um acordo. O fato é que os transgênicos estão em desenvolvimento, e apontam pontos positivos e negativos, gerando discussões sobre suas vantagens e desvantagens.
Críticos afirmam que a ciência não tem como controlar as alterações no funcionamento dos genes. Segundo eles antes da liberação de outros produtos devem ser feitas pesquisas mais aprofundadas. E mesmo com a ajuda das novas tecnologias, não há como garantir que o gene vai atuar da forma programada, que é funcionar nas plantas e não nos grãos, como no caso da soja modificada. Pois existem temores de que os produtos modificados causem efeitos colaterais no organismo humano, como alergias ou outro tipo de doença, mas os estudiosos garantem que não há nenhum caso no mundo.
Estudos feitos apontam que plantas que não foram modificadas geneticamente podem ser eliminadas pela seleção natural, já que as transgênicas têm mais resistência às pragas e pesticidas. E que apesar do cultivo de plantas transgênicas eliminar pragas prejudiciais à plantação, pode também matar populações benéficas como abelhas, minhocas e outros animais e espécies de plantas. Esses são os pontos negativos.
Já os positivos mostram que além do aumento da produção de alimentos, há melhoria no produto nutricional, maior resistência e durabilidade na estocagem e armazenamento. As plantas transgênicas têm sido introduzidas na agricultura mundial, podendo ser usadas também em programas de manejo de pragas.
Segundo informações divulgadas pelo Serviço Internacional para Aquisição de Aplicações Agrobiotecnológicas (Isaaa, na sigla em inglês), economicamente, no Brasil com a adoção da soja tolerante e herbicida, a economia foi de US$ 2,2 bilhões em 2008.
No Brasil, os produtos transgênicos são: Soja com 88%, Milho com 8,86% e algodão com 2,53%. Sendo o terceiro país em plantio de sementes modificadas e também é considerado o mais populoso e maior país da América Latina, com enorme potencial para biotecnologia. Em primeiro lugar está os Estados Unidos com 62,5 milhões de hectares e em segundo a Argentina com 21 milhões.
As vantagens e desvantagens vinculadas aos produtos transgênicos são fatores importantes na tomada de opinião a respeito da aprovação e da utilização dos mesmos por países. A aceitação depende de muitas coisas, como por exemplo, os conceitos éticos, caracterizados pela visão de cada sociedade.
Apesar da aceitação dos produtos modificados por parte de agricultores em todo o mundo, são levantadas preocupações a respeito da segurança do organismo geneticamente modificado (OGM) para o homem e para o meio ambiente. Mesmo assim é evidente que existe confiança nos benefícios da biotecnologia, principalmente em países em desenvolvimento.
Na opinião do diretor-presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Silvio Crestana, o Brasil não deve se sentir inferiorizado em relação aos outros países. “Transgenia é uma técnica da biotecnologia e nós vamos trabalhar com todas as tecnologias possíveis para a agricultura tropical, dentro dos limites estabelecidos pela lei e em consonância com a política do Governo Lula.” O diretor disse ainda que cabe a Embrapa buscar o melhor da pesquisa, observar e fazer o que está sendo feito no mundo.




CTNBio 2009

A comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou, em 2008, 539 solicitações de pesquisas, liberações planejadas, projetos e relatórios em relação aos transgênicos. As liberações comerciais de sementes foram 8, sendo 3 de milho, 2 de algodão e 3 de vacinas contra a circovirose, uma doença dos suínos.
Para 2009, a CTNBio tem outros sete processos de sementes que aguardam análise. Entre eles, a variedade de arroz tolerante ao herbicida glufosinato de amônia.
Atualização e implementação da Política Nacional de Biossegurança, relativa a OGM, é a finalidade da CTNBio, criada em 24 de março de 2005, referentes à proteção da saúde humana, dos organismos vivos e do meio ambiente.




EMBRAPA


A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, é uma empresa geradora de informações tecnológicas com impacto, principalmente, no agronegócio. Trabalha, também, com transgênicos e a questão da biossegurança alimentar e ambiental, voltada pra os produtos como soja, feijão, batata, mamão e algodão. Esses trabalhos são desenvolvidos em uma parceria entre 14 unidades de pesquisa da Embrapa, além de universidades e instituições estaduais de pesquisas. Segundo a pesquisadora da Embrapa do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), Regina Quisen, a empresa atende a legislação de biossegurança, cujos órgãos regulamentadores exigem o fornecimento de dados e informações científicas sobre os possíveis impactos ambientais e na alimentação humana e animal de cada novo produto transgênico.






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