domingo, 24 de maio de 2009

VISITA EMBRAPA

uma visita realizada pela EMBRAPA, juntamente com o UNINORTE, visando proporcionar aos alunos uma maior oportunidade de se aprofundar em assuntos cientificos.


segue abaixo fotos com momentos da visita a EMBRAPA

















Filhos da Borracha



A borracha trouxe mais do que benefícios as famílias pobres, trouxe também riqueza e beleza ao estado.

"Além de fazer parte da cultura da Amazônia o plantio e a extração da planta possibilitam a melhoria na vida de várias famílias"






A HISTÓRIA

O ano era 1839, Charles Goodyer descobriu acidentalmente o processo de vulcanização ao deixar cair um pouco de enxofre na mistura de borracha em seu laboratório, o que resultou no aprimoramento da borracha que conhecemos hoje em dia, muito mais resistente e elástica.
A seringueira, árvore originária da bacia hidrográfica do Rio Amazonas, onde existia em abundância e com exclusividade, foi a responsável pelo processo de formação de toda uma região, o látex, seiva retida dessa árvore deu origem ao “Ciclo da Borracha”, período da história brasileira de muitas riquezas para a região amazônica. Essa é uma viagem ao centro do universo da borracha, sua grande influência na construção de algumas das principais cidades região norte, seu declínio, a luta dos pesquisadores da Embrapa para a conservação dessa que foi a muito a principal fonte de renda de toda uma sociedade, a mudança na vida de várias pessoas que abriram mão de seus lares e famílias, para procurar na borracha uma saída para a pobreza, mas que só encontraram um desespero no “inferno verde”.
O Ciclo da borracha teve uma importância relativamente forte na história econômica e social do Brasil, atraindo consigo riquezas e causando transformações culturais e sociais além de grande impulso as cidades de Manaus, Porto Velho e Belém. Manaus-AM,foi uma das cidades que surgiram e cresceram graças a extração da borracha. Um exemplo dessa riqueza, é o Teatro Amazonas, que foi construído com muito luxo, e suas ruas ao redores, são calçadas com borracha, para que as carruagens que passassem na frente não fazerem barulho e atrapalhar o espetáculo que estava a ocorrer. Em 1830 a exploração da seringueira aumentou exponencialmente, pra fazer uma idéia da dimensão desse aumento, nessa época a população da cidade era de apenas 3 mil habitantes, com a exploração da planta, muitos imigrantes se deslocaram para a região amazônica, a população aumentou em 1880 para 50 mil habitantes, em 50 anos.
Grande parte dos imigrantes eram do Nordeste, homens que vinham com o sonho de encontrar riquezas na borracha, os novos seringalistas se apropriaram de áreas enormes da Floresta para extrair a matéria prima da borracha – o látex das Seringueiras. Muito sangue foi derramado nesse período, tanto dos índios que eram mortos em lutas defendendo seu território dos invasores, quanto os próprios “invasores” que foram acometidos por doenças como a Malária,febre amarela, hepatite e atacados por animais como onça, serpentes e escorpiões. Foram cerca de 30mil seringueiros abandonados para morrerem na Amazônia, depois de terem exaurido suas forças extraindo o ouro branco.
Houve um segundo surto da borracha durante a segunda guerra mundial, quando os Japoneses, que eram aliados com os Alemães ocuparam as plantações de Seringas na Malásia. Os países aliados contra a Alemanha tinham que achar uma outra fonte para adquirir a borracha, que é indispensável para fazer guerra. Assim aconteceu a segunda vaga de imigração do nordeste. Desta vez eram os chamados "soldados da borracha": sujeitos ao serviço militar que tinham que escolher entre lutar na guerra ou trabalhar como seringueiro. Os soldados de borracha já tinham dívidas antes mesmo de começar a trabalhar. Eles tinham que entregar borracha em troca do equipamento e dos alimentos que precisavam. Este "Sistema de Aviamento" ditado pelos seringalistas fez com que eles nunca chegarem a obter dinheiro e assim eles nem podiam voltar à terra deles depois da guerra. Calcula-se que apenas seis mil homens, voltaram ao seu local de origem, a duras penas e por seus próprios meios.
Este surto da borracha que fez enriquecer as cidades de Manaus e Belém foi terminado pela produção Inglesa de borracha na Malásia. No ano 1913 a produção Inglesa - Malásia superou pela primeira vez a do Brasil. A Amazônia perdeu o monopólio de extração da borracha. Ingleses com autorização da Alfândega e órgãos nacionais passaram a exportar sementes de seringueira pra a Malásia e assim passaram a produzir um látex com eficiência e produtividade. Com o fim da guerra, A Europa e a Ásia se reorganizaram, cessando, novamente, a atividade ineficiente nos seringais da Amazônia.
Um dos principais motivo da derrocada do império da borracha: foi a incapacidade dos empresários brasileiros e falta de visão dos políticos , sem planos de desenvolvimento para a região
Além de fazer parte da cultura da Amazônia o plantio e a extração da planta possibilitam a melhoria na vida de várias famílias, pois com o seu manejamento é possível diminuir o êxodo rural, já que ela desencadearia uma série de novos empregos, a seringueira ema uma planta que apresenta grande resistência, ela se adapta a vários tipos de solos, além de não precisar de cuidados diários, com as novas espécies clonadas o tempo de sangria que era de cinco anos, caiu pra três diminuindo o tempo de espera por resultados lucrativos.


A seringa hoje:





Hoje em dia a situação dos seringueiros no Estado do Amazonas não é um dos melhores, a árvore é atacada por pragas e doenças, como o “Mal da folhas”, o que dificulta a ampliação de projetos voltados nesse setor. Há vários anos pesquisadores da Embrapa realizam estudos voltados para o desenvolvimento da cultura da Seringueira. A partir da década de 70, os trabalhos evoluíram com a criação de um programa de melhoramento genético da seringueira, coordenado pela Embrapa Amazônia Legal em Manaus (AM), o que possibilitou a substituição da seringueira bi composta pela abordagem tri composta.

Clones e Mal das Folhas:



Todas as árvores de um clone possuem a mesma constituição genética, responsável pela uniformidade existente entre elas. Os clones, como material para implantação de um seringal, apresentam várias vantagens: a mais importante delas é a uniformidade exibida pelos seus indivíduos. Todas as árvores de um mesmo clone, sob as mesmas condições ambientais, apresentam baixa variabilidade com relação a diferentes caracteres, como vigor, espessura de casca, produção, propriedade do látex, senescência anual de folhas, nutrição e tolerância às doenças.
“Trabalhar com os clones é vantajoso porque você investe em árvores que sabe que são produtivas, resistentes e vão te dar uma uniformidade no seringal, pois vão crescer ao mesmo tempo, produzir ao mesmo tempo”, explica o produtor.

O “mal-das-folhas da seringueira” é uma das doenças mais comuns na espécie. Causada pelo fungo Microcylus ulei, é o principal empecilho para a expansão da heiveicultura no Brasil, principalmente na região Norte do país. O mal-das-folhas causa a queda prematura de folhas, podendo levar as plantas à morte. Na pesquisa realizada no Acre são estudados 14 tipos de clones para ver qual se adapta melhor ao Estado em relação a doenças e produtividade.
“O produtor precisa ter muito cuidado com esta doença, principalmente nos viveiros, local que concentra grande quantidade de plantas em fase jovem. A doença deve ser controlada e dentro do projeto de plantio devem estar contempladas as medidas necessárias para este controle, de forma a garantir uma produção de qualidade”, explicou o pesquisador.
“ O esquema de clonagem nada mas é, do que a enxertia da copa das árvores com o objetivo de remover o mal das folhas. Com a técnica de combinação de enxertias da copa/painel se solucionou o problema, faltando agora programas de financiamento para plantios em grande escala, tornando viável a heveicultura na Amazônia”, disse Jose Roberto Antonio Fontes, pesquisador da Embrapa.
Os benefícios da borracha seriam imensos, no Amazonas, borracha é produzida anualmente entre os meses de março e dezembro. O país produz em média de 170 mil toneladas anuais do produto e o estado do Amazonas é responsável apenas por 20% dessa produção, apesar de o consumo interno chegar a 300 mil toneladas. “ Há 100 anos o Amazonas produzia 2 milhões de toneladas de borracha por ano, o preço do produto sintético está aumentando os seringais da Ásia estão perdendo suas qualidades produtivas. Esse é o melhor momento para a borracha no Amazonas ser reerguida, isso prova que é possível “reerguer” a cultura da borracha no estado”. Diz Jose Fontes: "A extração do látex das seringueiras nos seringais nativos está profundamente marcada na sociedade amazonense. Durante todo o ciclo da borracha foram destinados recursos humanos e materiais de grande monta para a coleta do látex em praticamente todo o território do estado. Tudo girava ao redor da extração, transporte e beneficiamento do látex. E a riqueza gerada pela cadeia produtiva da borracha permitiu transformar a cidade de Manaus em uma cidade moderna, que despertava a curiosidade do mundo e que atraía o interesse de todo o tipo de pessoa: aventureiros, trabalhadores, militares, empresários, etc. Toda essa gente influenciou, de algum modo, o viver e o pensar da cidade e da região. A expressão mais visível de tudo isso é o Teatro Amazonas".

Plantando a seringa:


1-Preparar o terreno para não ocorrer erosões fazendo-se curvas de nível e até caixas de contenções para reter a água da chuva se preciso.
2-Análise de solo (etapa essa que pode ser realizada no final do plantio)
3-Calagem (calcariar) se necessário.
4-Demarcar as linhas onde vão ser plantadas as mudas (etapa essa feita por um tratorista instruído por um profissional).
5-Passar a grade rome uma ou duas vezes conforme a necessidade na área demarcada.
6-Passar a grade niveladora uma vez na área demarcada.
7-Dessecar a área com roundup wg.
8-Fazer coroas com espaçamento pré determinado.
9-Escolher mudas de viveiros idôneos (lembrando que é muito difícil até mesmo para grandes profissionais conhecer uma muda se ela é ou não é aquele clone que o viveirista está dizendo, sendo assim o que mais vale é a palavra e a idoneidade do viveirista).
10- Contratar uma equipe que saiba plantar ou aprender a plantar com algum profissional do meio.
11- Fazer as covas e plantar, aguando logo em seguida.
12- Agora é só aguar e não deixar faltar água.







links
http://www.cpaa.embrapa.br/


fontes: José Roberto Antonio Fontes : manejo de plantas daninhas e seringueiras
noticias da amazonia




EQUIPE: ELAYNE COSTA
JAMYLY MACEDO
MARLENE CARDOSO
NAIRA NASCIMENTO
SAMIRA BENOLIEL

sexta-feira, 22 de maio de 2009

TRANSGÊNICOS - ALIMENTOS GENETICAMENTE MODIFICADOS

Contribuição para economia, mais alimentos disponíveis aos homens por um custo menor, até que ponto podemos considerar isso como uma vantagem?




Os alimentos transgênicos são geneticamente modificados, criados em laboratórios com utilização de parte do código genético de espécies diferentes de animais, vegetais e até mesmo micróbios. E tem como objetivo conseguir melhorar a qualidade do produto.
Depois que o produto passa pela fase laboratorial é implantado na agricultura ou na pecuária. A engenharia genética produz plantas transgênicas a partir de bactérias que são introduzidas nas plantas e começam a fazer parte das mesmas. Os genes bacterianos dão resistência a pragas da lavoura. Causando um aumento na produção e uma diminuição de custos, pois quanto menor for o número de pragas, maior será o número de lavouras produtivas, ou seja, mais alimentos disponíveis aos homens por um custo menor. Por isso muitos países já estão adotando esse método.
Então, podemos dizer que alimentos geneticamente modificados são maravilhosos, afinal contribuem para a economia do país, disponibilizando mais alimentos e com certeza gerando saúde para o homem?
A questão não é tão simples, existem muitas histórias em torno deste assunto. De um lado temos os ambientalistas que afirmam que essas modificações podem causar danos para o meio ambiente. E do outro lado estudiosos e cientistas que não conseguiram ainda chegar a um acordo. O fato é que os transgênicos estão em desenvolvimento, e apontam pontos positivos e negativos, gerando discussões sobre suas vantagens e desvantagens.
Críticos afirmam que a ciência não tem como controlar as alterações no funcionamento dos genes. Segundo eles antes da liberação de outros produtos devem ser feitas pesquisas mais aprofundadas. E mesmo com a ajuda das novas tecnologias, não há como garantir que o gene vai atuar da forma programada, que é funcionar nas plantas e não nos grãos, como no caso da soja modificada. Pois existem temores de que os produtos modificados causem efeitos colaterais no organismo humano, como alergias ou outro tipo de doença, mas os estudiosos garantem que não há nenhum caso no mundo.
Estudos feitos apontam que plantas que não foram modificadas geneticamente podem ser eliminadas pela seleção natural, já que as transgênicas têm mais resistência às pragas e pesticidas. E que apesar do cultivo de plantas transgênicas eliminar pragas prejudiciais à plantação, pode também matar populações benéficas como abelhas, minhocas e outros animais e espécies de plantas. Esses são os pontos negativos.
Já os positivos mostram que além do aumento da produção de alimentos, há melhoria no produto nutricional, maior resistência e durabilidade na estocagem e armazenamento. As plantas transgênicas têm sido introduzidas na agricultura mundial, podendo ser usadas também em programas de manejo de pragas.
Segundo informações divulgadas pelo Serviço Internacional para Aquisição de Aplicações Agrobiotecnológicas (Isaaa, na sigla em inglês), economicamente, no Brasil com a adoção da soja tolerante e herbicida, a economia foi de US$ 2,2 bilhões em 2008.
No Brasil, os produtos transgênicos são: Soja com 88%, Milho com 8,86% e algodão com 2,53%. Sendo o terceiro país em plantio de sementes modificadas e também é considerado o mais populoso e maior país da América Latina, com enorme potencial para biotecnologia. Em primeiro lugar está os Estados Unidos com 62,5 milhões de hectares e em segundo a Argentina com 21 milhões.
As vantagens e desvantagens vinculadas aos produtos transgênicos são fatores importantes na tomada de opinião a respeito da aprovação e da utilização dos mesmos por países. A aceitação depende de muitas coisas, como por exemplo, os conceitos éticos, caracterizados pela visão de cada sociedade.
Apesar da aceitação dos produtos modificados por parte de agricultores em todo o mundo, são levantadas preocupações a respeito da segurança do organismo geneticamente modificado (OGM) para o homem e para o meio ambiente. Mesmo assim é evidente que existe confiança nos benefícios da biotecnologia, principalmente em países em desenvolvimento.
Na opinião do diretor-presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Silvio Crestana, o Brasil não deve se sentir inferiorizado em relação aos outros países. “Transgenia é uma técnica da biotecnologia e nós vamos trabalhar com todas as tecnologias possíveis para a agricultura tropical, dentro dos limites estabelecidos pela lei e em consonância com a política do Governo Lula.” O diretor disse ainda que cabe a Embrapa buscar o melhor da pesquisa, observar e fazer o que está sendo feito no mundo.




CTNBio 2009

A comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou, em 2008, 539 solicitações de pesquisas, liberações planejadas, projetos e relatórios em relação aos transgênicos. As liberações comerciais de sementes foram 8, sendo 3 de milho, 2 de algodão e 3 de vacinas contra a circovirose, uma doença dos suínos.
Para 2009, a CTNBio tem outros sete processos de sementes que aguardam análise. Entre eles, a variedade de arroz tolerante ao herbicida glufosinato de amônia.
Atualização e implementação da Política Nacional de Biossegurança, relativa a OGM, é a finalidade da CTNBio, criada em 24 de março de 2005, referentes à proteção da saúde humana, dos organismos vivos e do meio ambiente.




EMBRAPA


A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, é uma empresa geradora de informações tecnológicas com impacto, principalmente, no agronegócio. Trabalha, também, com transgênicos e a questão da biossegurança alimentar e ambiental, voltada pra os produtos como soja, feijão, batata, mamão e algodão. Esses trabalhos são desenvolvidos em uma parceria entre 14 unidades de pesquisa da Embrapa, além de universidades e instituições estaduais de pesquisas. Segundo a pesquisadora da Embrapa do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), Regina Quisen, a empresa atende a legislação de biossegurança, cujos órgãos regulamentadores exigem o fornecimento de dados e informações científicas sobre os possíveis impactos ambientais e na alimentação humana e animal de cada novo produto transgênico.






quarta-feira, 20 de maio de 2009

Visita à Embrapa trouxe à tona dificuldades do Jornalismo Científico


Os horizontes jornalísticos se expandiram na mente dos acadêmicos do quinto período de Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo do Centro Universitário do Norte (Uninorte). Isso porque os alunos visitaram a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que fica na rodovia AM-010, em Manaus. O principal objetivo da visita foi promover uma espécie de treinamento aos futuros jornalistas com relação à pesquisa e divulgação científica e tecnológica. Para manter uma programação dinâmica e acessível a todos, a Embrapa propôs quatro pautas, todas abordando pesquisas desenvolvidas na empresa. Mas o texto que você está prestes a ler, não aborda somente o lado positivo da cobertura científica, mostra também as dificuldades que cada grupo passou ao tentar pegar assuntos, que geralmente são para um público tão específico, e torná-los palatável ao grande público.

Solo, florestas energéticas, transgênicos e seringueiras foram os assuntos escolhidos pela Embrapa. Cada equipe recebeu uma pauta, com o respectivo pesquisador, responsável pelo trabalho. A visita fez parte de uma atividade extraclasse, da matéria de Jornalismo Científico, ministrada pela professora doutora Mirna Feitoza. As equipes ficaram encarregadas de formular um trabalho acadêmico em forma de divulgação científica, a serem postados neste endereço eletrônico.

Conforme Adriana Ribeiro, relações públicas da Embrapa, visitas de estudantes universitários à instituição são frequentes, mas geralmente com alunos do curso de Agronomia. Daí o interesse da própria empresa em aproximar-se de estudantes de outras áreas, mostrando a relevância de seu trabalho para a sociedade brasileira. A equipe da Embrapa também recebe estudantes de educação básica, das redes pública e privada, aguçando a curiosidade dos mais jovens para o mundo científico.

De acordo com os alunos que acompanharam o trabalho desenvolvido na Embrapa com o solo no Amazonas, esse é um assunto muito vasto a ser abordado. O grupo teve como fonte principal o pesquisador da Embrapa, Paulo Teixeira, que mostrou a problemática do solo amazonense, muito pobre em nutrientes, porém não apresentando infertilidade. Apesar da pobreza de nutrientes, o solo do Amazonas produz muitas culturas. Graças às pesquisas realizadas na Embrapa é que se torna viável o cultivo de plantas e alimentos provenientes do solo. A acadêmica Melriam Lima comenta o trabalho de sua equipe “Nós utilizamos como gancho o paradoxo entre a falta de nutrientes e a produção de diversas culturas típicas da região”.

O assunto das florestas energéticas foi abordado através da visão da importância de manter uma produção oleira que beneficie economicamente a região sem agredir o meio ambiente, através do manejo sustentável das florestas. A pauta foi coberta por duas equipes de acadêmicos, que centralizaram seu material no setor de olarias, que possui mais de 30 fábricas cerâmicas e produz, em média, três milhões de peças de tijolo e telha por mês, além de gerar mais de seis mil empregos diretos e indiretos. A acadêmica Luana Ribeiro afirmou que a grande questão foi mostrar uma forma de manter esse mercado aquecido e funcionando, sem prejudicar com grandes desmatamentos.

Ytallo Byancco, um dos acadêmicos que assistiu à programação explicativa dos produtos (alimentos e plantas) geneticamente modificados, os transgênicos, disse que principal desafio foi traduzir de forma objetiva e clara, função, riscos e benefícios destes, para a população em geral. Outro ponto abordado no material do grupo foi como alimentos transgênicos poderiam ser oferecidos em grande escala, mas a deficiência na lei que regulamenta tal manuseio acaba atrasando a comercialização desses produtos. “Basicamente o trabalho maior da nossa equipe foi desmistificar os transgênicos, que sempre são tratados de forma polêmica pelos meios de comunicação”, disse Ytallo.

A equipe que cobriu a pauta sobre seringueiras abordou a importância do incentivo à produção quase artesanal do látex para as regiões interioranas da cidade, mostrando ainda a problemática da imigração de pessoas de localidades mais afastadas para a capital, por falta de trabalho, reflexo do recuo que a extração de seringueiras teve. Benefícios da produção do látex também foram citados no material, enfatizando o baixo custo que se tem ao manter plantações de seringueiras, que conseguem sobreviver até no solo mais infértil. A estudante Naira Nascimento conta como foi o trabalho de confecção do material. “Sem dúvida o maior empecilho na hora de cobrir a pauta sobre seringueira é a dificuldade em fazer desse tema algo interessante ao leitor leigo. Como a seringueira e o produto proveniente dela estão indissociáveis à história do Amazonas é inevitável fazer um levantamento de informações sobre a época áurea da borracha”, garantiu.


A relações públicas da Embrapa, Adriana Ribeiro



Alunos do Uninorte antes do início da programação preparada pela Embrapa






CJN05S2
Caroline Araújo
Henrique Saunier
Herlam Pechar
Larissa Veloso
Leandro Rossi
Thiago Freire

Energia das Florestas (infográfico)


A energia das florestas




Fonte: reprodução



A crise energética



Nos últimos anos o mundo vem sofrendo com um problema causado pelo espantoso desenvolvimento econômico e industrial, que deu início na segunda metade do século XX: a crise energética mundial. A crise energética teve seu boom nos anos 70, após o fim da Segunda Guerra, com a interrupção do suprimento de petróleo, e conseqüentemente o aumento do preço. Na época, muitos especialistas previam a crise, mas poucas eram os meios para evitá-la. Vale recordar, que combustíveis fósseis - como o carvão e o petróleo - começaram a ser utilizados como principais fontes de energia a partir da Segunda Revolução Industrial. A energia desses combustíveis fósseis é limitada, pois se trata de uma fonte de energia não renovável, e a crise surgiu por conta dos anos de exploração, e de um descuido do setor energético, que não se preocupou em acompanhar o crescimento econômico e populacional, e a relação dele com o consumo de energia. A variação no preço, e na produção de petróleo, é uma preocupação na atual conjuntura global, em meio às crises. O petróleo é a base energética dos modernos sistemas de produção, e desempenha um papel importante em relação à energia. Mas nem sempre foi assim, nas sociedades agrárias, e pré-modernas, o principal combustível para a produção de bens de consumo,e de energia, era a madeira em forma de lenha, ou carvão. A lenha é provavelmente o energético mais antigo usado pelo homem, era usada tanto para uso doméstico, como aquecer e cozinhar alimentos, como para o setor industrial no funcionamento das primeiras máquinas industriais. Ao longo do tempo, com o uso irracional e intensivo desse recurso energético, e a extração predatória, comprometeu grandes áreas de floresta em vários países. Na história podemos perceber que o setor industrial tem sido o maior a agente de degradação ambiental. O modo intensivo de como as matérias primas para produção de energia são exploradas, é preocupante, pois ultrapassa os limites de reposição dos recursos naturais. Além do setor industrial, existe ainda a pressão da fronteira agrícola que procura na floresta novas áreas para instalação de pastagens e plantios para atender a demanda mundial de alimento.De acordo com a FAO (órgão da ONU para agricultura e alimentação), é preciso investir em pesquisas de novas tecnologias que permitam a produção de energia de forma mais limpa.




A lenha


A lenha é a terceira matriz energética mais consumida no Brasil, participando com cerca de 10% da produção de energia, atingindo uma produção anual de 97 milhões e 800 mil toneladas. Para se ter uma idéia, esse valor é o equivalente ao peso de cerca de 81 milhões de carros populares, 200 vezes mais do que a frota de carros que circulam pelas ruas de Manaus. Apesar de não ser o energético mais consumido atualmente, a lenha, ainda continua tendo grande importância na Matriz Energética Brasileira, algumas atividades econômicas ainda dependem da lenha para a fabricação de produtos, entre os principais está o tijolo e a cerâmica. E é exatamente nessas fábricas que mora o problema. Você pode não saber ,mas a fabricação dos tijolos que foram usados na construção da sua casa e até do seu “puxadinho”, aquele tijolo comum de oito furos, e aquela cerâmica que foi utilizada na reforma da sua cozinha, inclui uma série processos que degradam a natureza. Basicamente, o tijolo é feito a partir de uma mistura de argila e outros componentes, que depois é assado. O combustível usado para funcionar o forno é a lenha, e essa lenha na maioria das vezes é retirada da natureza de forma irracional, sem nenhum plano de preservação e recolocação das espécies de árvores retiradas. Atualmente existe uma crescente preocupação com os impactos ambientais, muitas empresas e indústrias de países desenvolvidos e em desenvolvimento tem projetos e ações que visam a exploração sustentável da madeira. Até porque as normas ambientais já não admitem a exploração de madeira de modo destrutivo, sem a reposição das espécies. Mas infelizmente não é o que acontece com os setores domésticos e a indústrias de pequeno porte, como as pequenas olarias que fabricam tijolos e cerâmicas, por falta de informação, falta de conhecimento aliados à cultura local, sobrevivência e muitas vezes pela distância, as empresas não tem técnicas adequadas de exploração de madeira. No Amazonas, dois municípios sofrem com a falta de fiscalização, e com a atuação irresponsável dessas pequenas fábricas; Iranduba (a 22 km de Manaus) e Manacapuru (a 88 km de Manaus), são os maiores produtores de tijolos e cerâmicas de Manaus, atendem quase toda demanda desses produtos para a construção civil da cidade. Sendo assim, é o maior consumidor de lenha de todo o estado do Amazonas. Os setores das indústrias de tijolos e cerâmica de pequeno e médio porte da região Amazônica que utilizam energia por meio da queima de biomassa vegetal (lenha), não utilizam madeira plantada, toda lenha utilizada é de floresta nativa. Quem fornece o material para essas indústrias são “produtores” de madeira, que apenas se dão ao trabalho de entrar em uma área de floresta livre de fiscalização, e extraem a madeira em toras que são vendidos por metro corrido. Isso quando não retiram a madeira de unidades de conservação protegida pela lei ambiental. O metro corrido é comercializado entre R$15 e R$20, e consiste em pequenas toras com cerca de meio metro de altura. O baixo custo, aliado ao poder calorífico (o poder de queima) das espécies da região, torna a atividade muito mais viável que a utilização do gás ou combustível fóssil para a produção de energia. Para atender a demanda crescente de cerâmicas e tijolos, cada vez, mais novas áreas de florestas nativas são exploradas. Procura-se sempre por espécies de alto poder de queima, e que conseqüentemente, são aquelas de maior durabilidade e menor crescimento. “Se em uma área de um hectare é retirado um metro cúbico de madeira, sendo essa madeira proveniente de árvores com mais de 350 anos de idade, então espera-se que só passados outros 350 anos é que se poderá explorar novamente, essas mesmas espécies, nessa área” diz o engenheiro florestal Giuliano Piotto, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). Ainda segundo o pesquisador, a facilidade de acesso às áreas que já foram exploradas diminui o tempo e o custo de produção. O que é interessante para as olarias, que precisam atender a crescente demanda de tijolos, porém catastrófico para a floresta que não consegue se recuperar em um intervalo tão curto de tempo Para solucionar esse problema, e futuramente evitar uma crise nesse mercado, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, através de pesquisas querem implantar nessas empresas uma nova maneira de explorar a madeira para lenha, a chamada Florestas Energéticas. As florestas energéticas são reflorestamentos homogêneos (de uma única espécie) com a finalidade produzir madeira para a combustão (queima). “Nós começamos essa pesquisa em 1995, nós estamos 2009, temos 14 anos de trabalho. Basicamente, no começo da pesquisa não tínhamos ainda as espécies que poderíamos utilizar produzindo energia aqui na região, fizemos uma pesquisa junto a essas empresas, que usam lenha, verificamos quais as espécies utilizadas da floresta nativa, e da floresta secundária, e identificamos uma lista de espécies”, diz o pesquisador responsável pelo projeto o Engenheiro Florestal, Roberval Lima. Após anos de estudos, e seleção das espécies que melhor se adaptaram a região, e ao clima, duas espécies se destacaram com características potenciais para a produção de lenha, foram a Acacia Mangium e Acacia Auriculiformis.As duas espécies apresentam um crescimento rápido, e tem alto poder de queima, e são ideais para serem usadas como lenha. As acácias são espécies de árvores originárias da Austrália, e se adaptam a diversos tipos de solo, alta capacidade sobrevivência, se adaptando bem às condições ambientais da Amazônia. “No Polo Oleiro-Cerâmico de Iranduba e Manacapuru, implantamos os novos modelos produtivos junto com os empresários, para eles testarem essas espécies, já na produção de tijolos e ver a qualidade da madeira. O trabalho de implementação ainda está começando, não está sendo utilizado por todas as empresas de cerâmica do município. Só duas cerâmicas implantaram o projeto-piloto da Embrapa”, afirma Lima. Ainda é pouco, mas o importante é que providências já estão sendo tomadas, se existe um setor que demanda tijolos, e se a indústria desses tijolos demanda madeira para queima, conseqüentemente existe uma necessidade de preservar as áreas de floresta nativa. Na região Amazônica já existem grande extensões de áreas degradadas, então o reflorestamento para fins energéticos mostra-se uma alternativa viável, tanto para a preservação da floresta, quanto para o consumo. Dessa forma, garante-se madeira de qualidade para queima, e você pode ficar aliviado da próxima vez que precisar reformar sua casa, e saber que todos aqueles amontoados de tijolos foram fabricados de forma limpa e consciente sem degradar a natureza.


Fonte:


EMBRAPA
UFRPE-Universidade Rural de Pernambuco,
Revista Superinteressante
Luizmeira.com



Equipe:

Camila Caetano

Greicy Kely

Luana Ribeiro

Priscilla Costa

Thaís Bompastor

Sidnei Furtado






Transgênico, o alimento que assusta


O alimento geneticamente modificado já está inserido em nosso cotidiano e, apesar de ser assegurado para o consumo, por laboratórios de prestígio, ainda, causa medo. Mas, o transgênico ajuda na preservação do meio ambiente e contribui para a economia do país.


Você já deve ter ouvido falar em Organismo Geneticamente Modificado (OGM) ou simplesmente transgênico. Trata-se de um ser vivo onde sua estrutura genética, o DNA – que contem as instruções que coordenam o desenvolvimento e funcionamento dos seres vivos e alguns vírus -, foi alterado pela inserção de genes de outro organismo, de modo a atribuir ao produto analisado características não concedidas pela natureza. Os organismos modificados podem ser espécies diferentes de micróbios, animais ou vegetais, Por exemplo, um grão acrescido de vitaminas e sais minerais que sua espécie não possuía é OGM.

A pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Embrapa Amazônia Ocidental (Manaus, AM) Regina Caetano Quisen, explica que apesar do alimento modificado ser assegurado para o consumo, por laboratórios de prestígio, ainda, causa medo em algumas pessoas, pelo fato de ser produzido com pedaços de DNA que não pertencem à semente original - muitas vezes retirados de vírus e bactérias. A verdade é que o novo sempre assusta. Podemos citar a revolta da vacina, 1904, que teve à frente o sanitarista Oswaldo Cruz. O Rio de Janeiro tinha graves problemas urbanos: rede insuficiente de água e

esgoto, coleta de lixo precária e cortiços super povoados. Nesse ambiente proliferavam muitas doenças, como a tuberculose, o sarampo, o tifo e a hanseníase. Além de grandes epidemias de febre amarela, varíola e peste bubônica. Meios de

comunicação, opositores ao governo da época, expunham supostos efeitos causados pela vacina. No dia 16 de novembro a reação popular levou o governo a suspender a obrigatoriedade da vacina e a declarar estado de sítio. A rebelião foi contida, deixando 50 mortos e 110 feridos. Ao reassumir o controle da situação, o processo de vacinação foi reiniciado, tendo a varíola, em pouco tempo, sido erradicada da, então capital da República, Rio de Janeiro.

Com relação aos transgênicos, as pessoas repetem o mesmo comportamento pelo medo do novo e, claro, com ajuda das novas tecnologias utilizadas em prol de supostos danos que os alimentos modificados podem causar.

Ao ingerir, o DNA da planta transgênica é decomposto no processo de digestão da mesma maneira que o DNA de uma planta convencional. Se ele não for digerido, há a possibilidade de que seja incorporado de alguma forma pelo corpo humano e desenvolva alguma doença, porém não há nenhum caso no mundo, afirma a pesquisadora Regina Caetano Quisen. “Os estudos sobre o efeito dos transgênicos na fauna registrou uma pequena redução de alguns insetos que estavam em contato direto. Sobre eventuais consequências em outros animais que se alimentaram de sementes transgênicas, não se descobriu até o momento nenhuma alteração no mapa genético original nem mesmo a ocorrência de alguma doença”, enfatiza Regia Quisen.

Do ponto de vista ambiental global, segundo o site portaldoagronegocio, Graham Brookes e Peter Barfoot, economistas da PG Economics Limited, empresa inglesa especializada em aconselhamento e consultoria em agricultura e atividades baseadas em recursos naturais, o cultivo de transgênicos, desde 1996, proporcionou uma redução global na ordem de 15,3% no volume de utilização de agroquímicos, totalizando 224 mil toneladas a menos na emissão direta de agrotóxicos no meio ambiente. Somam-se a este resultado a diminuição do uso de combustível nas lavouras, devido à redução da aplicação do pesticida e, também, a redução na emissão de gás carbônico pelas lavouras transgênicas, em conseqüência da sua compatibilidade com o uso da técnica do plantio direto, que propicia a conservação do solo. Só para se ter uma idéia, a redução do uso de agroquímicos, de 1996 a 2005, mais os fatores resultantes combinados proporcionaram, juntos, a diminuição de mais de 9 milhões de toneladas de emissões de CO2 na atmosfera, o que representa retirar de circulação todos os carros da cidade de São Paulo durante um ano.

Economicamente, no Brasil em função da adoção da soja tolerante a herbicidas, esta economia chegou a quase US$ 2,2 bilhões em 2008, segundo informações divulgadas Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações Agrobiotecnológicas (Isaaa, na sigla em inglês)

A soja ocupa atualmente 88% da área de plantações de transgênicos no Brasil, seguida pelo milho (8,86%) e pelo algodão (2,53%). O Brasil é o terceiro país em plantio de sementes geneticamente modificadas, atrás apenas dos Estados Unidos (62,5 milhões de hectares) e da Argentina (21 milhões).

É evidente a eficácia e a aceitação desses produtos pelos agricultores, assim como a segurança a respeito do organismo geneticamente modificado para o homem e para o meio ambiente. Neste contesto, a legislação de biossegurança exige o fornecimento de dados e informações científicas sobre os possíveis impactos ambientais, na alimentação humana e animal de cada novo produto transgênico.

gráfico/fonte:revista veja


Símbolo escolhido para a rotulagem de produtos trânsgênicos

Desde 2004, está em vigor no Brasil um decreto que obriga as empresas de alimentos a informarem no rótulo se o produto foi fabricado com mais de 1% de ingredientes transgênicos. Para isso, elas devem colocar, em local visível, um triângulo amarelo com a letra T, em preto, no meio. Mas ainda não significa que o direito à informação está sendo totalmente respeitado. Algumas e

mpresas continuam desrespeitando o seu direito de saber o que está comendo, porque usam ingredientes transgênicos e não informam isso nos rótulos.

símbolo criado para identificar produtos transgênicos


CTNBio 2009


A Comissão Técnica Nacional de Biosegurança (CTNBio) aprovou, em 2008, 539 solicitações de pesquisas, liberações planejadas, projetos e relatórios em relação aos transgênicos. As liberações comerciais de sementes foram 8, sendo 3 de milho, 2 de algodão e 3 de vacinas contra a circovirose, uma doença dos suínos.

Para 2009, a CTNBio tem outros sete processos de sementes que aguardam análise. Entre eles, a variedade de arroz tolerante ao herbicida glufosinato de amônia.

Atualização e implementação da Política Nacional de Biossegurança, relativa a OGM, é

a finalidade da CTNbio, criada em 24 de março de 2005, referentes à proteção da saúde humana, dos organismos vivos e do meio ambiente.


Embrapa


A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, é uma empresa geradora de informações tecnológicas com impacto, principalmente, no agronegócio. Trabalha, também, com transgênicos e a questão da biossegurança alimentar e ambiental, voltada para os produtos como a soja, feijão, batata, mamão e algodão.


Equipe:

Ytallo Byancco Soares

Ana Cristina Procópio

Adriane Pacheco

Daiana Queiroz

Maria Izabel Guedes

Melri Ribeiro Lima


Fonte: Regina Caetano Quisen, pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Embrapa Amazônia Ocidental (Manaus, AM). A tua principalmente nos seguintes temas: Biotecnologia Vegetal (cultura de tecidos, transformação genética, biologia molecular de espécies lenhosas e fruteiras da Amazônia), propagação vegetativa, testes de procedência e progênie de espécies florestais tropicais.

O Gigante da Amazônia



EQUIPE:
ADRIANE PACHECO
ANA CRISTINA PROCOPIO
DAIANA QUEIROZ
MARIA IZABEL GUEDES
YTALLO BYANCCO SOARES

terça-feira, 19 de maio de 2009

SOLOS DO AMAZONAS- 2º bim

Solos do Amazonas
O solo de terra firme é considerado um solo pobre para agricultura, mas como isso pode ser se a Amazônia possui a maior floresta tropical do mundo?
O solo de terra firme é mais adaptado para o plantio de algumas culturas, em especial para as culturas regionais, mas isso não quer dizer que, se em um determinado terreno plantarmos banana, esse mesmo terreno servirá para o plantio de cupuaçu , por exemplo. Exatamente por isso algumas culturas se desenvolvem melhor que outras.
Segundo Paulo César Teixeira, pesquisador da Embrapa, somente os primeiros cinco centímetros do solo de terra firme são férteis, isso acontece porque quanto chove, os nutrientes naturais são absorvidos pela terra e vão para em uma camada muito abaixo da camada que acomoda a raiz da planta, o vento e a umidade são fatores que também contribuem para esse processo. E para responder a nossa pergunta, o pesquisador explica que, nossa floresta se sustenta por si mesma, através do processo de adubação natural feito com as folhas e galhos que caem das árvores, esse processo acaba sendo suficiente para manter a floresta viva.
Para saber sobre a fertilidade do solo ou como aduba-lo, a Embrapa possui um laboratório para análises do solo. Outros tipos de adubação são utilizados pelos agricultores, como por exemplo a queimada, que é o processo de adubação que mais agride o solo.
Outro tipo de solo encontrado na Amazônia é o solo de Terra Preta de Índio. Um dos solos mais ricos do mundo, é extremamente cobiçado para a comercialização, a maior incidência deste tipo de solo está em terras indígenas, é encontrado também em algumas localidades no estado. Agricultores utilizam a terra preta há muito tempo para o cultivo de subsistência sem qualquer prática de adubação e o solo continua fértil.
Já o solo de várzea se caracteriza por ser solo aluviais e/ou hidromórficos, geralmente rico (naturalmente) em matéria orgânica, isso ocorre por este solo está parte do tempo coberto por pelo rio, que traz essa matéria orgânica. Esse tipo de solo é encontrado as margens do rio Solimões.

Com vídeo que está no blog,você poderá conhecer melhor esse três tipos de solo.

Equipe:
Adrianne Diniz Viegas
Aleandra de Oliveira Cruz
Denir Simplício da Fonseca
Fabiane Nunes de Morais
Mário Jorge Bernardes Lima
Nirvana Souza dos Santos


Fonte:
Embrapa
Paulo César Teixeira-Pesquisador da Embrapa
Antônio Ramos-Agricultor

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Gavião Real- 1º Bim

Gavião Real
(Nome científico Harpia harpyja)



Da ordem dos Falconiformes, o nome científico da Harpia da Amazônia é Harpia harpyja. A Harpia, é a ave de rapina mais forte do mundo, tem uma envergadura (medidas das asas abertas) que chega a medir dois metros. Esses animais são encontrados em toda a América Central e Sul, e também onde existam florestas tropicais, no Brasil está ameaçado na mata Atlântica, onde o desmatamento é de grande proporção, aliás, essa é a maior ameaça a esta espécie.
De acordo com a bióloga Helena Aguiar, bolsista do projeto Gavião Real do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), macho e fêmea têm características físicas diferentes. A fêmea é maior que o macho e chega a pesar 9 kg e medir 90 centímetros, já o macho não passa dos 6 kg e 60 centímetros. Embora sejam animais de hábitos solitários, (não voam em bando) são aves monogâmicas, ou seja, são parceiros fiéis a vida toda, procriam de três em três anos, geralmente dois ovos, o período de encubação dos ovos varia entre 30 e 60 dias e normalmente somente um filhote sobrevive.
Os filhotes de Harpia, aos seis meses já fazem pequenos vôos entres os galhos da árvore do ninho e ao completarem um ano já voam pequenas distancias, permanecem no ninho até completarem dois anos de vida, após esse período o filhote segue em vida solitária em busca de suas próprias presas e futuramente um parceiro. As Harpias podem viver por até 40 anos, seus relacionamentos duram cerca de 30 anos, usam o mesmo ninho por toda a vida produtiva, quando o ninho é destruído pela ação do homem o casal de Harpia reconstrói seu ninho em outra copa de árvore mais afastada da devastação.
Geralmente a Harpia escolhe árvores acima do dossel para construir seu ninho, como por exemplo, a Samaúma e a Castanheira.
Sua dieta é composta de pequenos animais como, por exemplo, preguiça, macacos, roedores, tatus, répteis e até mesmo outras aves. Projeto de pesquisas cientifica ajudam a derrubar mitos sobre a Harpia. Na Amazônia a ave é mais conhecida como Gavião-Real, o principal mito na região é de que a ave captura e ameaça seres humanos, mas durante uma pesquisa feita sobre a dieta dessas aves, não foram encontrados vestígios de animais domesticados pelo homem e nem de seres humanos.
Helena ressalta que a Harpia não tem predador natural, está no topo da cadeia alimentar, mesmo assim, hoje está na lista dos animais quase ameaçados de extinção. Na Amazônia está bem preservado devido a extensão da floresta e os projetos de conservação desta espécie. Mas na mata atlântica a devastação ainda é uma ameaça constante, a caça predatória e o cativeiro também contribuem como fatores de ameaça a esta espécie.
O Projeto Gavião- Real do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) em parceria com várias instituições nacionais e Ongs regionais, tem como objetivo a conservação da espécie, localizando e monitorando ninhos e aves. O projeto Gavião Real atua em todo o território brasileiro. A pesquisadora Tânia Sanaiott é a responsável pelo projeto Gavião Real, o projeto existe há mais de uma década. O projeto monitora hoje, cerca de 40 ninhos na Amazônia, a maioria, nas proximidades das cidades de Manacapuru, Parintins e Barreirinha.
Em setembro do ano passado o projeto devolveu a floresta um filhote (fêmea) de gavião real de quatro anos, segundo a pesquisadora Tânia Sanaiotti, essa devolução foi importantíssima para a reprodução do animal, tendo em vista que eles começam a reproduzir a partir dos 10 anos. No mês de janeiro foi localizado um ninho de gavião no estado do Pára. A pesquisadora já esteve lá e confirmou ser um ninho de gavião real.



Prece a Harpia
(Gavião Real)

Minha musa da mata, minha santa inspiradora.
Conservai nossa floresta viva.
Oh! Grande ser caçador voa por entre as galhadas em busca de uma presa,
Não deixai que os inimigos destruam esse teu santuário,
lugar esse onde outrora vivias livre de qualquer extinção.
Caçai, pois os homens que por ventura abusam de sua ignorância
ao insistir na destruição daquilo que mais belo existe em nossa floresta que és tu
Oh, linda musa da Mata.

Ulysses Carvalho Barbosa


Prece feita em homenagem a Harpia, símbolo do nosso instituto INPA, 1992
Fonte: Helena Aguiar- bióloga/ Bolsista do Projeto Gavião Real do Inpa
O projeto Gavião Real é um Projeto desenvolvido pela Pesquisadora Tânia Sanaiotti

Equipe: Adrianne Diniz, Aleandra Cruz, Denir Simplicio, Fabiane Nunes, Mário Lima e Nirvana Santos.

Saiba um pouco mais sobre essa ave assistindo ao video que está disponivel no blog